Autor: Redação Fesp | Publicado em 02 de dezembro de 2020 às 18:50
A tarde de programação da Arena do Conhecimento Fesp nesta quarta-feira, 02, primeiro dia de programação começou com o compartilhamento de informações e dados de qualidade trazidos pela doutora em Farmacologia e pesquisadora Eliane Aparecida Campesatto, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Clínica (SBFC-Regional Alagoas).
A especialista falou, de forma simples e clara, sobre as ‘Evidências científicas para o tratamento da Covid-19’, temática da sua palestra, apresentando o que existe de mais atual no mundo sobre o tratamento da doença. Ela explicou aos participantes os mitos e verdades que existem por trás das inúmeras orientações e interpretações que foram propagadas neste período de pandemia.
Fatores como o nível de confiança científica dos tratamentos prescritos pelos profissionais, a interpretação das evidências e os estudos de medicamentos ou terapias com fármacos foram tópicos destacados pela especialista. “Pesquisadores de vários países estão desenvolvendo ensaios para estabelecer se o tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina é viável. São mais de 30 ensaios clínicos em andamento com o remédio e mais de 72 ensaios com outros medicamentos e estamos esperando que essas pesquisas tragam uma resposta cientificamente definida, sobre qual medicamento é efetivo e seguro para os pacientes de Covid-19”, exemplifica a pesquisadora.
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A pesquisadora alerta para o perigo da automedicação, que segundo ela, pode trazer sérios problemas à saúde. “As pessoas procuram alívio rápido, mas tem que pensar nos riscos a que estão se expondo. Nenhum medicamento deve ser utilizado sem prescrição e acompanhamento médico”, orientou Eliane, dizendo que 77% dos brasileiros são habituados a se automedicar e com a pandemia este percentual aumentou significativamente.
Eliane Campesatto relacionou vários estudos que foram realizados com os principais medicamentos divulgados e/ou utilizados em protocolos medicamentosos no tratamento da Covid-19 no Brasil, como: a Cloroquina/Hidroxicloroquina, Lopinavir/Ritonavir, Oseltamivir, Ribavirina, Nitazoxanida e Ivermectina. “Uma vez que estudos sobre tratamentos com estes medicamentos sugerem um baixo nível de evidências, exigindo uma preocupação ainda muito maior”, chama a atenção.
A pesquisadora explicou a função e a eficácia de medicamentos que vêm sendo utilizados para o tratamento da infecção como: Azitromicina, Heparinas, outros antimicrobianos e vitaminas C, D e Zinco. “A combinação destas medicações com outras substâncias e suas dosagens deve ser cautelosamente observada, pois ao invés de atacar o vírus em si, pode prejudicar mais a saúde da pessoa infectada”, disse.
Ao final da palestra, ela respondeu algumas perguntas feitas pelo público no chat e finalizou agradecendo a oportunidade de participar do evento realizado pela Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp).
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