Rafael Miranda/Governo do Tocantins
O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, participou nesta terça-feira, 9, de um dia de campo na Fazenda São Geraldo, localizada no município de Marianópolis, região oeste do Estado. Com mais de 15 mil hectares de área, a propriedade rural pertence ao grupo Agrojem e abriga um projeto de ponta que é referência na integração entre lavoura e pecuária.
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“Daqui sai proteína de qualidade para o mundo”, foram as palavras do Governador Carlesse, que parabenizou a iniciativa responsável pelo maior projeto de confinamento do Tocantins.
“O Tocantins precisa conhecer iniciativas de sucesso como essa, são projetos assim que trazem as oportunidades de desenvolvimento que precisamos. Daqui sai proteína de qualidade para o mundo, com um produto de qualidade direto do Tocantins para outros países. Nosso Governo é parceiro do agronegócio e estamos trabalhando para que mais projetos como este possam surgir. O empresário pode contar com o apoio institucional da nossa gestão, estamos empenhados em formar um cenário favorável para que o Tocantins seja líder na produção agropecuária”, destacou o Governador.
Presente no dia de campo junto ao Governador Carlesse, o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Jaime Café, pontuou a necessidade de melhorar a cadeia produtiva no Estado.
“Esse projeto da Agrojem é um difusor de tecnologia. A maneira como esse empreendimento é administrado, tem muito a mostrar para o Tocantins. Saímos daqui hoje com uma grande responsabilidade e o Governador está comprometido com o desenvolvimento da cadeia produtiva. Temos que produzir mais bezerros para termos mais bois para o abate, e assim manter firme o setor industrial. Aqui é um exemplo do que dá certo no Tocantins. Temos muito a oferecer em termos de alimento para o mundo”, ressaltou o secretário.
Integração entre lavoura e pecuária
Com a proposta de integração entre lavoura, pecuária, pessoas e meio ambiente, a fazenda São Geraldo é uma das propriedades pertencentes ao grupo Agrojem, e conta com uma capacidade de armazenagem de 600 mil sacas, uma fábrica de ração com capacidade de produção de 535 toneladas por mês para demanda interna, engordando 60.000 bois por ano, cultivando soja, milho e sorgo dentro da própria fazenda.
O CEO e fundador da Agrojem, o empresário José Eduardo Motta, destacou a importância da visita do Governador do Estado e a necessidade de mais incentivo para a cadeia produtiva tocantinense.
“Receber aqui o governador Carlesse para ver o que estamos fazendo e para sentir as nossas dificuldades, é algo muito importante para o setor. Essa boiada que vemos aqui vai inteira para a exportação, é um produto premium. O senhor [referindo-se ao Governador] administra o Tocantins com muita competência e está vendo nossa iniciativa. O Governo precisa fomentar mais a cadeia para continuar gerando emprego e renda para todo o segmento. O Estado precisa disso e a gente também precisa. Ninguém acredita que aqui existe esse tipo de projeto, mas temos sim e com qualidade de exportação”, declarou o empresário.
Cuidados com o meio ambiente
Dentro do projeto de confinamento que o governador Mauro Carlesse visitou nesta terça-feira, 9, está previsto também o tratamento dos resíduos (fezes e urina) provenientes do processo de engorda dos animais.
O gerente de Operações da Agrojem, Danilo Figueiredo, explicou como funciona essa coleta e tratamento dos efluentes. “Em um projeto como este, pensamos em formas de reter os resíduos que podem vir a agredir o meio ambiente. Sendo assim, fizemos um cálculo de efluentes e volume de chuva dentro do perímetro do confinamento, fazendo assim a contenção e limpeza dos resíduos, para que o meio ambiente fique isento de qualquer contaminação”.
A partir do tratamento desses resíduos, que é feito em uma estação dentro da propriedade, o material pode retornar com segurança à produção agropecuária, garantindo economia de recursos e preservação ambiental.
“Existem várias destinações que podem ser feitas com esses resíduos, sendo que a principal delas é com a produção de adubo organomineral, para fazer a adubação de toda nossa lavoura com os resíduos gerados do confinamento. Ainda sobra uma parte líquida do resíduo, que usamos na irrigação das pastagens, fornecendo nitrogênio e outros minerais necessários ao capim”, explicou o gerente.
Durante o dia de campo na fazenda São Geraldo, o grupo empresarial apresentou ainda projetos de expansão para engorda de gado em confinamento de 60.000 cabeças e instalação de fábrica de ração, investimentos que serão realizados em Miranorte, município a 110 km de Palmas.