Em Palmas, cerca de 46 mil metros cúbicos de resíduos da construção foram encaminhados para a Usina de Resíduos da Construção Civil em 2022. Esse volume corresponde a 9.265 contêineres, de cinco metros cúbicos cheios de lixo, gerados em obras na Capital. Este é o balanço divulgado pela Palmas Ambiental, empresa gestora da usina, que deveria receber todos os resíduos gerados por obras e reformas. Essa usina de inertes recebe todo tipo de resíduos encaminhados por empresas autorizadas a atuarem como Disque-Entulho, caçambeiros e particulares.
A empresa não tem uma estimativa do volume produzido que não recebe destinação final adequada, em razão de muito material ser descartado em áreas verdes ou misturado ao lixo comum. Segundo a Prefeitura de Palmas, a multa para quem realiza esse descarte irregular em área verde, por exemplo, pode chegar a R$ 2 mil, segundo o Código de Postura Municipal.
Denúncias sobre descarte de entulho em locais irregulares podem ser feitas pelos telefones 190, 153 ou 0800-6464-156. É importante denunciar esse tipo de prática no ato do descarte para facilitar a identificação dos responsáveis.
Reaproveitamento
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Segundo o sócio-diretor da Palmas Ambiental, Mário Roberto do Amaral, tudo que chega nos contêineres de ferro é reaproveitado. A madeira é separada para trituração e fornecida a cerâmicas, enquanto plástico, papel e ferro são direcionados para uma cooperativa de recicláveis. Os demais resíduos – como telhas, tijolos, cerâmica e concreto – são triturados e vendidos para construtoras usarem em aterro de construção civil.
Para a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp), a iniciativa é importante porque garante destinação e reaproveitamento corretos, uma vez que não pode ser misturado ao lixo comum encaminhado ao Aterro Sanitário.
Destinação correta
O construtor ou cidadão que contrata uma obra tem liberdade para escolher a empresa de sua preferência, que disponibiliza contêineres identificados como Disque-Entulho. É importante que o cliente, neste caso, exija da empresa nota fiscal e cópia da guia de transporte, documento que certifica a destinação final correta dos resíduos de obra recolhidos.
Texto: Juliana Matos/Secom
Edição: Deni Rocha/Secom