Faltando pouco menos de um mês para o 21º Seminário Nacional de Bombeiros (Senabom), os militares da corporação tocantinense estão finalizando os preparativos para a viagem e para a participação no evento. Serão três dias de programação, e os bombeiros militares querem espaço de destaque. Para isso, disputarão a competição Bombeiro de Aço Nacional, vão apresentar Artigos Científicos e também participar do Encontro Nacional de Mergulhadores de Busca e Resgate, além de participarem de diversos Comitês relacionados às atividades da categoria.
Em 2023, o Senabom será executado pela Associação de Bombeiros do Rio Grande do Sul, e vai ocorrer entre os dias 4 e 6 de outubro, em Gramado. É considerado como o maior evento de bombeiros militares da América Latina, oferecendo também a Feira Internacional de Prevenção de Incêndios e Emergências, e a 1ª Edição do Simpósio de Integração e Inovação em Segurança Contra Incêndio.
A comitiva tocantinense será composta por cinco integrantes para o Bombeiro de Aço. O time garantiu as vagas no evento realizado em Palmas, mês passado. A competição no Senabom será no dia 5 de outubro.
Dois Artigos Científicos também serão apresentados pelos bombeiros militares do Tocantins no Senabom. Um deles tem como autores os coronéis Erisvaldo Alves, superintendente de Ações de Defesa Civil, e Cléber José Borges Sobrinho, Subchefe do Estado-Maior (SUBCHEM), do CBMTO, com o trabalho intitulado A Instituição Comitê do Fogo no Tocantins: Expressão do Sistema de Defesa Civil Atuando nos Incêndios Florestais.
Os oficiais relatam que a pesquisa é um estudo de caso, de um estado que faz parte da Amazônia Legal, a lupa teórica é o institucionalismo e o objetivo geral é discutir os casos de incêndios florestais neste lócus. Ao final, o resultado é total, pois o Comitê do Fogo representa um bloco de construções sociais que representam expectativas coletivas e interferem diretamente no resultado das atividades.
A segunda pesquisa é de autoria do tenente-coronel Antônio Luiz Soares da Silva, subcomandante de Gestão de Pessoas, juntamente com o coronel Cléber, que abordam os resultados de sete anos de trabalho, apurando o perfil do afogamento seguido de óbito no Tocantins. O Tema do Artigo Científico é Mitigação dos Riscos de Incidentes Aquáticos nas Áreas Balneares do Estado do Tocantins, que faz parte de uma Dissertação de Mestrado, que está em curso e que é de autoria do próprio Soares.
Cléber José e Antônio Soares focam na mensuração de medidas executadas para diminuir os riscos de incidentes aquáticos nas áreas balneares do Tocantins, norteadas pela Norma Técnica 34, de Segurança Contra Afogamento em Áreas Balneares, editada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins, em 2022.
“Com base na NT-34, e na necessidade de mitigar os riscos para os banhistas, a gente verificou que, das 76 áreas balneares com obrigatoriedade de regularização junto ao CBMTO, por exemplo, em 77,22% havia presença de guarda-vidas, em 64,47% havia demarcação de área de banho, em 73,68% havia sinalização com placas, em 60,53% havia área de embarcações sinalizadas com placas, e em 36,84% estavam regular junto ao CBMTO”, detalhou o tenente-coronel.
Dentro do Senabom, outra participação é a do comandante-geral do CBMTO, coronel Carlos Eduardo Farias, junto ao Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom). Os comandantes vão tratar de uma série de demandas das corporações, instaladas em todos os estados e no Distrito Federal.