O curso terá duração de cinco meses, e formará oficiais para o setor administrativo do CBMTO
Luiz Henrique Machado/Governo do Tocantins
Dezenove bombeiros militares estão começando nesta segunda-feira, 03, uma nova etapa em suas carreiras militares. A data marca o primeiro dia do Curso de Habilitação de Oficiais da Administração (CHOA), ministrado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins, por meio da Academia de Formação de Bombeiros Militares (AFBM), com duração de um pouco mais de um ano.
A solenidade de abertura ocorreu no Auditório da Universidade Estadual do Tocantins (UNITINS), onde também estiveram o comandante-geral do CBMTO, coronel Carlos Eduardo Farias, o Chefe do Estado-Maior do CBMTO, coronel Peterson Queiroz de Ornelas, todo o oficialato da corporação, além do Subchefe do Estado Maior da Polícia Militar, coronel Marizon Marques, o subcomandante do 22º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro, tenente-coronel Luiz Gustavo Segatto, o capitão de Fragata da Capitania Araguaia – Tocantins, Artur.
Em suas boas-vindas à turma, o coronel Farias afirmou que o momento marca o fim de um ciclo, mas também o início de outro tão importante quanto. “Hoje, estão saindo do ciclo de Praças e vão para o ciclo de Oficiais. É outra carreira, têm funções distintas, são os mais cobrados, os mais demandados e precisam ter um conhecimento muito maior na parte administrativa, de gestão, resolução de problemas. É o primeiro passo de um novo processo. O oficial é o grande apoio do comando para que a instituição cresça e avance”, pontuou o comandante-geral.
Os alunos do CHOA são bombeiros militares de carreira, das turmas de 1993, 1994, 2001, 2004 e 2006. Ao longo do curso, terão 1.350 horas de ensino na modalidade híbrida, por ensino à distância e presencial, num total de 24 disciplinas nas áreas referentes à atuação de bombeiros militares.
Antes mesmo da primeira instrução, todos os alunos passaram pela troca de luvas de ombro, que simboliza a transição do quadro de Praças para o quadro de Oficiais.
História
O coronel Geraldo da Conceição Primo, hoje na Reserva Remunerada, ex-coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual, foi o palestrante de honra, com o tema História da Prevenção de Incêndio no CBMTO. O próprio coronel Primo, há 20 anos (2003), fez o CHOA, e agora pôde relembrar e discorrer sobre os grandes incêndios no Brasil, no anos 70, e que serviram de pontapé para o surgimento da legislação sobre segurança, prevenção e combate a incêndios nos edifícios e outros projetos construtivos no país.
E a história do início do CBMTO também foi destacada. “Espero que sirva de motivação para os futuros oficiais falar dos desafios que tivemos na implantação do CBMTO, para que possam seguir firmes e dedicados. A instituição é uma grande engrenagem e tem engrenagens pequenas, e se cada um de nós não fizer o movimento correto, a engrenagem-mãe vai ficar comprometida”, pontuou o coronel Primo.
“Sempre digo, ser bombeiro militar já é uma grande responsabilidade devido à credibilidade que a sociedade nos deposita. No caso do oficial aumenta ainda mais, pois ele tem que zelar por ele e pela conduta de um grupo maior”, completou o oficial.
O coronel atuou durante três décadas na corporação, indo para a Reserva no início de 2020. “Há 30 anos, tinha uma dificuldade generalizada de normas, de conhecimentos técnicos, pois eram poucos militares com formação de bombeiro, e tínhamos apenas um oficial com todas as responsabilidades e era quem orientava os demais. Hoje, nós temos a quem recorrer e temos uma estrutura de equipamentos com viaturas das mais modernas do mundo. Isso nos dá um orgulho muito grande de saber que valeu a pena lutar. É isso que os alunos-CHOA têm que perceber, que a instituição tem que continuar evoluindo para que, daqui 20 anos, eles percebam que escreveram uma história tão bonita e crescente quanto foi nesses primeiros trinta anos. Temos que continuar aperfeiçoando a nossa prestação de serviço”, afirmou Geraldo Primo.
Crédito: Luiz Henrique Machado/Governo do Tocantins