Na tarde de ontem, um expressivo grupo de cerca de 70 advogados especializados em direito bancário, provenientes de diversas regiões do estado, congregaram-se em um encontro significativo com Gedeon Pitaluga, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Tocantins, e membros do conselho. O cerne dessa reunião foi a articulação de estratégias eficazes para a consolidação e defesa da advocacia bancária no território tocantinense, uma área percebida por esses profissionais como alvo de constantes ataques e tentativas de enfraquecimento tanto pelo judiciário como pelo Ministério Público.
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Este grupo de advogados argumenta que, em lugar de direcionar esforços investigativos e punitivos contra as instituições financeiras e seguradoras, acusadas de perpetrar uma série de fraudes especialmente contra grupos vulneráveis como idosos, analfabetos, aposentados e pensionistas, as autoridades têm indevidamente voltado sua atenção para os advogados que defendem estes cidadãos. Tal perspectiva foi reforçada pelo relato de um dos advogados ao Pauta Notícias, destacando um cenário onde, apesar do Tribunal de Justiça do Tocantins reconhecer a existência de múltiplas fraudes financeiras e solicitar ao Ministério Público uma investigação aprofundada, as ações subsequentes focaram exclusivamente na advocacia, desconsiderando os verdadeiros perpetradores das irregularidades.
Além disso, os advogados criticaram veementemente a Operação Praeda, implementada pelo Ministério Público Estadual, apontando uma série de procedimentos considerados abusivos, como buscas e apreensões em domicílios sem a presença de representantes da OAB e a apreensão de equipamentos eletrônicos pertencentes a indivíduos não relacionados às investigações.
Após a reunião, que se estendeu por toda a tarde, os advogados organizaram uma marcha até a sede do Ministério Público para entregar um dossiê volumoso, com mais de 500 páginas, documentando uma vasta quantidade de fraudes bancárias cometidas contra a população idosa e analfabeta em todo o estado, muitas das quais já reconhecidas pelo judiciário local.
Esse movimento busca não apenas reivindicar uma postura mais justa e equilibrada das autoridades em relação à advocacia bancária, mas também enfatizar a necessidade urgente de proteção aos direitos dos cidadãos mais vulneráveis, frequentemente vítimas de práticas predatórias por parte de instituições financeiras.
Gedeon Pitaluga, em uma comunicação ao Pauta Notícias, reafirmou o compromisso da OAB/TO em empregar todos os recursos necessários para salvaguardar a integridade e as prerrogativas da advocacia em todo o estado, destacando a importância da união e da ação coletiva para enfrentar esses desafios.