O encerramento da programação do Agosto Dourado realizado nas Unidades de Saúde de Palmas (USFs) ocorreu oficialmente na manhã desta sexta-feira, 25, na USF da Arno 44, com orientações às famílias participantes sobre o aleitamento materno, cuidados com a alimentação, saúde, e aula prática de como socorrer a criança em casos de engasgo. A campanha é realizada nacionalmente como incentivo à amamentação.
Pai de primeira viagem, o técnico em informática Jamerson Araujo Machado, de 29 anos, participou da dinâmica e ressaltou a importância do apoio familiar às mães. “Nesse processo de amamentação, ajudo a minha esposa no que for possível. Dou suporte nas atividades domésticas e faço de tudo para que ela se sinta bem e consiga alimentar o nosso filho. Como pai, entendo claramente o meu papel de auxiliar para que ela não se sinta só e consiga passar por todo o processo com leveza”, declara.
Atenta a todas as explicações, Ângela da Costa Silva, 31 anos, esposa de Jamerson, vem passando pela amamentação com muita tranquilidade. A mãe de três filhos explica que a alimentação do caçula, Arthur Silva Machado, de 16 dias de vida, está sendo uma experiência bem diferente dos demais filhos. “O suporte que meu marido vem dando torna o processo menos difícil, pois amamentar já é uma grande tarefa para as mulheres. Meu bebê sente a tranquilidade do ambiente e estamos indo muito bem nesses primeiros dias dele”, celebra.
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Na abertura da ação, a coordenadora da USF da Arno 44, Rosa Odete da Costa, alertou às famílias que os cuidados com o aleitamento materno já devem começar no pré-natal. “O leite materno é essencial para o desenvolvimento da criança. Para conseguir abordar todos os detalhes que envolvem este processo, a equipe multidisciplinar entra em ação auxiliando as futuras mães, puérperas e mulheres que já tenham ganhado seus bebês”, esclarece a coordenadora ao salientar que a programação do Agosto Dourado deste ano foi pensado em torno do tema ‘Apoie a amamentação: faça a diferença para pais e mães que trabalham’.
Para a enfermeira da estratégia de Saúde da Família da USF da Arno 44, Lillya Luara Porto Feitosa, o maior desafio é desmistificar informações equivocadas sobre o leite materno, pois, por falta de conhecimento, muitas mães ainda acham que o leite não é suficiente para alimentar o bebê. “No acompanhamento da pesagem conseguimos mostrar em números a evolução do ganho de peso da criança. Desta forma conseguimos sensibilizar e convencer esta mulher a continuar dando o leite materno e seguindo as orientações médicas”, explica.
Aprendizado
A programação na USF da Arno 44 contemplou orientações sobre os mitos e verdades do aleitamento materno e introdução alimentar; benefícios do aleitamento materno para o desenvolvimento da cavidade bucal do bebê; oficina sobre manobras de Heimlich (realizada quando o bebê engasga); como realizar o armazenamento e do leite; importância da vacinação; e orientações sobre a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de 1.ª Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL). Esta última atividade contou com a participação da residente em Saúde Coletiva da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp) Jéssica Pinheiro.
Na aula prática da manobra para desengasgo, o cabo do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins Bruno Teixeira, explicou como as famílias podem prevenir acidentes domésticos e, em caso de engasgo, como realizar salvar a criança. “Neste momento de angústia é preciso ter calma e identificar os sinais de engasgo, pois o tempo de resposta tem que ser rápido. Os primeiros sinais são a letargia e dificuldade para respirar, evoluindo para arroxeado das extremidades, como mãos e pés”, alerta.
Durante a explicação, a dona de casa Magna Sousa Machado, 32 anos, relatou quando precisou salvar a vida de sua filha que havia engasgado com leite. “Aprendi em uma palestra a como fazer a manobra e isso salvou minha menina. Estava sozinha em casa e precisei manter a calma e lembrar do que tinha aprendido. Ela só tinha poucos dias de nascida e não ficou com nenhum problema de saúde”, narra Magna, ao lado da filha Agda Sousa Magalhães, de 5 anos, e do caçula Samuel Sousa Magalhães, de 1 ano.
Texto: Fernanda Mendonça/Semus
Edição: Secom