Como o decreto não proíbe a abertura dos templos e sim a realização de cultos com aglomerações, pastores vêm realizando lives e dando aconselhamentos aos irmãos neste período de crise. O fato é que já se passaram quase 40 dias desde a assinatura do decreto, e o que se ver na capital é praticamente todos os setores abertos.
Diante deste quadro, líderes próximo ao núcleo político da prefeita vem tentando flexibilizar e incluir as igrejas em um novo decreto de abertura, já que normas sanitárias já foram tomadas e diversas cidades já iniciaram a realização de cultos com algumas restrições de higienes, entre eles se destacam: Paraíso, Araguaína, Porto Nacional, Gurupi e Colinas.
Recentemente o vereador Rogério Santos, que é pastor da Igreja IURD, enviou um ofício a prefeitura motivado por uma necessidade urgente de realização do cultos nos templos religiosos, pois segundo ele a “proibição para a realização de reuniões, cultos e sessões, afeta diretamente o funcionamento das Igrejas, visto que são nesses lugares que as pessoas encontram alento para suas almas aflitas, socorro na hora da angústia e ajuda social”; disse.
Também, na última quinta-feira, 23 a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, recebeu o Conselho de Pastores de Palmas. Em pauta, foi apresentação à gestão municipal um documento de apoio ao Plano de Descontingenciamento. No documento além da proposta para o retorno dos cultos presenciais, o Conselho apresentou sugestões de medidas de adequações nos prédios das igrejas e atendimento aos fiéis para a participação nos cultos.
Na proposta apresentada, o conselho se compromete a levar aos fiéis (membresia) a necessidade da responsabilidade social para que as ações sejam implementadas. No encontro, ficou acordado que, o documento será submetido ao COEs – Centro de Operações em Emergências de Saúde e o Comitê de Crise da Prefeitura para avaliação. E este fato deixou diversos pastores irritados.
Ainda na quarta-feira, 22, representantes de oito igrejas e ministérios evangélicos de Palmas ingressaram na justiça com um Mandado de Segurança contra a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) devido à proibição de realização de atividades religiosas de qualquer natureza com a presença de público.
Copia da Ação no link: Ação Contra a Prefeitura de Palmas
O processo foi protocolado na Vara da Fazenda Pública da capital com pedido de urgência.
No processo há a argumentam que a pandemia está controlada ao ponto de que a prefeita iniciou um “plano Estratégico de descontingenciamento” visando a retomada gradativa das atividades econômicas, conforme Decreto nº 1.880 de 17 de abril de 2020, com a reabertura de lojas de matérias de construção e obras civis, públicas ou privadas.
O mandado de segurança cita também que o governador Mauro Carlesse (DEM) flexibilizou o isolamento social e liberou o funcionamento do comércio no Tocantins pelo Decreto nº 6.083/2020, com algumas medidas de prevenção e controle para a continuidade das atividades.
Veja a lista de líderes que assinaram a ação:
Ministério Apostólico Koinonia – Gláucio Luciano Coraiola
Ministério Grão de Mostarda de Palmas – Camilo José De Paiva
Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Missão – Ieadmm – Claudemir Lopes
Igreja Evangélica Assembleia de Deus Shallom – Hermes Vieira Netto
Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Monte Sinai Campo – Ivan Carlos Augusto Da Fonseca
Assembleia de Deus Esperança – Sebastião Tertuliano Filho
Igreja Apostólica Nova Aliança em Palmas – Ronaldo Souto Dos Santos
Igreja Evangélica Livres em Cristo – Ronaldo Kubjan.
Ao Pauta Notícias, líderes evangélicos disseram que não apoiarão a prefeita Cinthia Ribeiro, na próxima eleição. E já que a capital possui mais de 40% de evangélicos, Cinthia corre sérios risco de não se reeleger.
Um nome forte que surge no cenário evangélico é o do deputado Federal pelo Solidariedade Eli Borges, e na última semana o site T1 Notícias afirmou que o partido do deputado praticamente sacramentou a candidatura do parlamentar a prefeitura de Palmas.
Segundo fontes, a prefeita de Palmas, conta apenas com o apoio firme do Pastor Amarildo Martins, líder da Igreja Nação Madureira.