Fornecer informações e fomentar a investigação e prevenção da patologia que atinge diversas pessoas no Município são alguns dos objetivos do Projeto de Lei (PL) apresentado pelo Vereador Eudes Assis (PSDB), durante a sessão ordinária desta terça-feira, 28, na Câmara Municipal de Palmas.
O PL de n°11/2023 vem no intuito de implantar no âmbito do Município de Palmas, a “Campanha Municipal de Incentivo à Investigação e Prevenção à Sífilis Congênita”.
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Dentre as providências apresentadas no documento, estão a promoção das ações e projetos através de cartazes e cartilhas explicativas a serem distribuídos e afixados nas unidades públicas de saúde, além de vídeos que demonstrarão a prevenção e o tratamento adequados, a serem apresentados em palestras e cursos de capacitação de profissionais da área da saúde e dos cidadãos.
O vereador justifica que o Projeto se faz necessário pois é preocupante o aumento da ocorrência da Sífilis Congênita.” Importante atentar para campanhas de prevenção, uma vez que consta no Relatório do 3º Quadrimestre de 2022 da Saúde do Município de Palmas o não cumprimento da meta pactuada em manter menor ou igual a 22 o nº de casos de sífilis congênita em menos de 01 (um) ano.”
Eudes complementou ainda falando sobre as medidas que podem ser tomadas para diminuir os casos. “Precisamos reforçar o rastreamento sorológico obrigatório no acompanhamento pré-natal. Com o tratamento e a prevenção adequados, os cidadãos são perfeitamente capazes de evitar a infecção do concepto e a reinfecção materna e são medidas simples, amplamente disponíveis, de baixo custo e de grande impacto no controle da doença, através de investigação laboratorial”, pontuou o Vereador.
O parlamentar conta com o apoio dos demais vereadores para que possam aprovar a presente matéria, logo após cumprir com as devidas formalidades.
A Sífilis
é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, que se manifesta em três estágios: primária, secundária e terciária. Assim, os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa DST é mais transmissível.
A Sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado, que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê), que é a chamada Sífilis Congênita.
Importante frisar sobre a importância de campanhas à Prevenção, pois dependendo do período que a gestante estiver infectada, ela terá grande probabilidade de ter um natimorto ou o recém-nascido morrer logo após o parto, o que contribui para o aumento do índice de mortalidade infantil.
Quanto à forma de tratamento, a mais indicada para a Sífilis é a utilização do mais antigo dos antibióticos, a penicilina. A dificuldade para o tratamento é o diagnóstico, visto que a Sífilis pode ser confundida com muitas outras doenças. Os pacientes devem evitar ter relação sexual até que o seu tratamento e do parceiro se complete. Assim, a gestante deve realizar controle de cura mensal.