Dentro da Polícia Militar é realizada a Inspeção de Saúde, que tem por finalidade a verificação das condições físicas dos militares
Dia 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, e a data é importante para conscientizar a população sobre a relevância do problema no Brasil. A hipertensão, que é uma doença silenciosa, não tem atacado somente pessoas adultas ou idosas. Também conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial pode acometer crianças, adolescentes, adultos e idosos de ambos os sexos. Silenciosa, a doença provoca o estreitamento das artérias e faz com que o coração precise bombear o sangue com cada vez mais força para impulsioná-lo por todo organismo e depois recebê-lo de volta.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte nas Américas e a hipertensão arterial é responsável por mais de 50% destas doenças. Mais de um quarto das mulheres adultas e quatro em cada dez homens adultos têm hipertensão no continente americano e, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento e o controle têm sido ineficazes.
Dentro da Polícia Militar é realizada a Inspeção de Saúde, que tem por finalidade a verificação das condições físicas dos militares, bem como identificar a existência de motivos incapacitantes ao exercício das atividades militares. Sendo composta de avaliação médica e TAF. Acompanhar a pressão arterial colabora na diminuição do risco das doenças cardiovasculares que respondem por um terço do total de óbitos do país, fazendo duas vezes mais vítimas do que todos os tipos de câncer e 2,5 vezes mais que acidentes e mortes decorrentes de violência.
Durante a inspeção anual de saúde, todos os militares, 100 % deles, passam por uma avaliação médica.
A subchefe da Diretoria de Saúde e Promoção Social (DSPS) da Polícia Militar, Tenente-Coronel Melissa Vasconcelos, esclareceu a necessidade da inspeção anual e porque a pressão arterial é um dos principais pontos averiguados “Dentro dessa avaliação médica, uma das patologias que a gente pretende levantar, para poder fazer prevenção, é a hipertensão, que é uma doença crônica degenerativa e vemos também o diabetes, até para que ele tenha uma longevidade depois. Então, a gente acompanha essa questão dos hipertensos. O TAF vê o condicionamento físico dele, e aqueles que precisam de atividade, o profissionais físicos tem programas nas unidades de atividade física, para que eles sejam acompanhados. Aqueles casos mais graves acompanham com cardiologista e os casos mais leves, moderados, a gente tenta acompanhar.”
Conforme a análise realizada durante a inspeção médica do ano 2021, percebe-se o quão grande são os números de militares com pressão arterial acima do valor limítrofe, caracterizando hipertensão crônica ou pré-hipertensão.
Dentre os números apresentados no ano de 2021, percebeu-se que as Companhias Independentes apresentam em seu número absoluto, porcentagem muito acima se comparado ao efetivo de Batalhões com o maior efetivo. Como exemplo, podemos citar o efetivo da 4ªCIPM, onde 56% do efetivo apresentou Pressão arterial igual ou superior a 140×90 mmHg.
Tal fato das CIPM’s, se dá por vários fatores, dentre eles: escalas, tempo de serviço, estresse da profissão, maus hábitos alimentares, uso de álcool, cigarro, sedentarismo, entre várias outras causas.
A hipertensão é silenciosa, assintomática e leva a consequências muito graves ao organismo, como riscos de problemas cardio e cerebrovasculares, infarto do miocárdio, insuficiências cardíaca e renal, doença vascular periférica e todas as complicações da aterosclerose. Por isso, é importante verificar a pressão arterial anualmente para a obtenção de um diagnóstico precoce; já o hipertenso que controla de maneira correta a pressão reduz o risco de ser acometido por outras enfermidades.
Fonte: Giulia Galvão