Dois homens foram presos pela Polícia Civil suspeitos de envolvimento na morte do jovem Fábio da Silva. O crime aconteceu no setor Itaipu em Araguaína, no norte do Tocantins, no dia 17 de março deste ano. A investigação sobre o caso foi concluída nesta terça-feira (4).

A vítima foi morta a tiros em uma rua no momento que estaria saindo da casa de um amigo. Ele foi atingido pelo menos cinco vezes na cabeça e tórax, não resistiu e morreu no local.

O caso foi investigado pela 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa – 2ª DHPP de Araguaína. O delegado responsável pelo caso, Adriano Carvalho, indiciou um homem de 23 anos pelo homicídio e outro suspeito, de 27 anos, por coagir testemunhas logo após o assassinato.

Motivação

 

No dia do crime a PM, chegou a dizer que a vítima tinha passagens pela polícia e possivelmente o crime teria ligação com a criminalidade.

Só que as investigações da 2ª DHPP apontaram que o assassinato, na verdade, teria sido motivado por vingança. Isso porque o suspeito de 23 anos acreditava que Fábio da Silva havia participado do homicídio de seu irmão no ano de 2016.

Segundo a SSP, “não houve indícios de participação de Fábio nesse crime”.

A investigação

 

As equipes da delegacia de homicídio apuraram que, no dia do crime, os dois suspeitos estavam na casa de um amigo e coincidentemente se depararam com a vítima na mesma rua.

O suspeito de 23 anos saiu do local de carro e voltou 20 minutos depois no mesmo veículo. Ele se aproximou da vítima, baixou o vidro do veículo e fez vários disparos. Fábio caiu ao chão e continuou sendo baleado.

Logo depois, segundo a polícia, o atirador fugiu junto com um comparsa que estava dirigindo o carro. Durante as investigações a polícia identificou dois suspeitos e pediu a prisão deles.

O suposto atirador foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no dia 24 de março, na cidade de Campo Maior (PI). O segundo investigado foi capturado pela Polícia Militar do Estado do Pará, na cidade de Piçarra (PA) no dia 27 de março.

Ainda segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os dois investigados foram ouvidos, mas o suspeito de fazer os disparos permaneceu em silêncio.

O segundo suspeito alegou que, no dia do crime, esteve com o atirador, mas que ficou na casa de uma irmã poucos minutos antes do crime. A versão foi confirmada pela Polícia Civil.

Indiciamentos

 

Com base nas investigações, o atirador foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado pelo emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Ele e o segundo suspeito também foram indicados pelo crime de coação de testemunhas, pois enviaram mensagens com tons ameaçadores para uma testemunha do caso.

O inquérito foi concluído e mandado ao Poder Judiciário.