Ícone do site Pauta Notícias

Escolas públicas da rede estadual e municipal aderem a paralisação na educação

Escolas públicas no Tocantins também aderiram a paralisação nacional na educação. Segundo o sindicato que representa a categoria, cerca de 70% das escolas do estado, entre instituições da rede estadual e dos municípios, não estão funcionando nesta quarta-feira (15). O ato é um protesto contra os bloqueios do Ministério da Educação no orçamento das universidades públicas.

Veja como foram as manifestações no Tocantins.

A Secretaria de Estado da Educação informou que das 23 escolas estaduais de Palmas, 15 vão aderir a paralisação. Unidades também fecharam as portas em Araguaína e Gurupi.

O governo afirmou que ainda está levantando junto às Diretorias Regionais de Educação (DRE) o número total de escolas estaduais que aderiram à paralisação nacional.

“A Seduc reitera que respeita o direito à paralisação dos profissionais da educação, mas reforça que o calendário escolar precisa seguir a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que determina o cumprimento de 200 dias letivos. Desta forma, o dia letivo que não for cumprido deverá ser reposto, conforme calendário específico a ser elaborado por cada unidade de ensino.”

Confira as escolas estaduais que estão fechadas

Palmas

Gurupi e região

Rede municipal

Palmas

Na rede municipal de Palmas, a maioria das escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) também aderiram a paralisação. Porém, a Secretaria Municipal de educação ainda não informou um número exato.

Na escola municipal Beatriz Rodrigues da Silva, na 405 Norte, por exemplo, cerca de 1,2 mil alunos do 4º ao 9º ano ficaram sem aula.

Gurupi

Em Gurupi, na região sul do estado, quatro escolas municipais aderiram a paralisação. Essas unidades devem repor as aulas no próximo dia 25 de maio. Estão fechadas as escolas Odair Lúcio, Domingos Barreira, Gilberto Rezende e Cemei Ir. Divina.

Entenda

Além das escolas públicas, campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) aderiram a paralisação e manifestações estão sendo realizadas em Palmas, Araguaína e Gurupi. Na UFT a redução foi de 42%, ou seja, R$ 18 milhões a menos no ano.

Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.

De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.

Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.

Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir.

 

 

 

G1

Sair da versão mobile