Segundo dados da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, divulgados em 2023, um a cada 5 jovens faz uso de cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vape”. O equipamento é mais comum entre os jovens entre 18 e 24 anos. A popularização desses produtos vem crescendo a um nível alarmante, e muitas vezes seus riscos são desconsiderados, mas eles podem causar dependência química igual ao cigarro tradicional.
Além dos danos já conhecidos causados tanto pelo cigarro tradicional quanto pelos cigarros eletrônicos, os produtos eletrônicos também causam danos à saúde únicos como:
• EVALI: É uma condição pulmonar grave identificada pela primeira vez em 2019. A doença está associada ao uso de cigarros eletrônicos e vaporizadores, especialmente aqueles contendo tetrahidrocanabinol (THC) e acetato de vitamina E.
• Bronquiolite Obliterante: É uma doença pulmonar rara e grave que causa cicatrizes e estreitamento das vias aéreas nos pulmões, dificultando a respiração. O diacetil, um composto químico usado como aromatizante em alguns líquidos de vape (especialmente os com sabor de manteiga ou doces), está associado ao desenvolvimento dessa condição.
• Exposição a metais pesados: Estudos mostram que existem traços de metais pesados, como níquel, chumbo, cádmio e cromo, nos vapores produzidos por cigarros eletrônicos. Esses metais podem ser inalados diretamente para os pulmões.
• Pneumonia Lipoide: É uma condição pulmonar que ocorre quando substâncias gordurosas, como os óleos presentes em alguns líquidos de vaporização, são inaladas para os pulmões. Essa doença pode ser causada pelo consumo de líquidos contidos nos cigarros eletrônicos e vapers, já que os pulmões não conseguem processar líquidos.
É essencial que as pessoas entendam que, assim como os cigarros tradicionais, esses dispositivos não são inofensivos e podem causar problemas únicos de saúde. Se você é beneficiário da FPTO e está tentando parar de fumar, procure a sede da FPTO e seja encaminhado para receber ajuda profissional.
Por Amanda Dias