Está valendo a lei que proíbe a cobrança da taxa de religação de água e energia no Tocantins. A nova norma foi sancionada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Antônio Andrade (PHS), e publicada nesta quarta-feira (19) no Diário Oficial.
A lei também reduz o prazo para que o serviço seja restabelecido, determinando que as concessionárias terão no máximo seis horas para fazer a religação. Atualmente, o prazo podia chegar a 24h.
A norma estabelece ainda que as concessionárias deverão informar o consumidor sobre a gratuidade da religação nas faturas e nos sites eletrônicos.
“Não há razoabilidade nessa cobrança, pois se trata de um serviço que as empresas já prestam. Para nós, é uma realização ver que com a lei já em vigor, pois conseguimos acabar com mais um encargo que era imposto ao consumidor tocantinense”, disse o deputado Jorge Frederico (MDB), autor da lei.
Para o autônomo Valcirio Santos, já estava na hora dos deputados fazer algo pela gente. “já tive que pagar absurdo de caro na taxa de religação de energia, pois para religar rápido, ou seja com urgência, o valor é fora do comum, para mim, essa lei é uma conquista, disse”.
Notas das empresas BRK e Energisa
A BRK Ambiental, que é responsável pelo fornecimento de água em 47 cidades, informou que a taxa de religação, bem como os prazos para atendimento deste serviço, atendem ao que é estabelecido pela agência reguladora estadual. “A empresa irá avaliar os impactos da nova lei e quais ações serão adotadas”, diz nota.
A concessionária de energia do Tocantins,(Energisa), afirmou que considera a Lei Estadual 3.478/19 inconstitucional, pois ela desrespeita a Constituição Federal em seus artigos 21 e 22 que expressam claramente que a competência para legislar sobre energia é privativa da União, cabendo a ANEEL regular e fiscalizar o setor”.
“A distribuidora ressalta que está tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação de Inconstitucionalidade, proposta pela Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica, questionando lei estadual que tenta normatizar o serviço de energia”, afirmou a Energisa.