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Milton Neris questiona a compra de cestas básicas feita em Palmas usando dados do PROCON do próprio município

Na sessão ordinária de quinta-feira, 16, o vereador Milton Neris (PDT), usou a tribuna para questionar os valores pagos pela Prefeitura de Palmas na aquisição de 2 mil cestas básicas, divulgados no Diário Oficial. Conforme o parlamentar o preço é distinto àqueles apresentados na pesquisa realizada pelo Procon de Palmas, divulgada na última quarta-feira, 15 de abril.

Entre os dias 08 e 09 deste mês, o PROCON municipal realizou uma pesquisa de mercado, para comparar os valores da cesta básica por região. Nesta, são 14 itens, e o valor máximo foi de R$54 cada cesta, e o mínimo de R$38, ou seja, mais barato que as cestas adquiridas pela Prefeitura com menos itens. Dados do Diário Oficial do Município nº 2.466 de 06 de Abril de 2020, mostram a aquisição de 2 mil cestas básicas, no valor de R$ 58 cada, com 12 itens, totalizando R$117 mil (cento e dezessete mil reais).

Conforme o vereador, a quantidade de cestas adquiridas é insuficiente e não atende à demanda da população, pois mais de 85 mil famílias necessitam deste benefício, e não estão conseguindo ter acesso as cestas. “É importante esclarecer que se as cestas fossem compradas na média desse valor divulgado pela pesquisa do PROCON, teríamos uma economia de 25%, o que resultaria em mais 500 cestas básicas adquiridas. O supermercado que vendeu as cestas para a Prefeitura está listado na pesquisa do Procon”, informou Neris.

A Prefeitura de Palmas anunciou um investimento de R$ 2 milhões para aquisição de cestas básicas, o que resultaria em 40 mil cestas. Deste valor total, R$700 mil foi autorizado pelo vereador Milton Neris, referente às emendas parlamentares, para aquisição de cestas, porém, a Prefeitura até agora não agiu neste sentido.

De acordo com o vereador, o poder público precisa administrar o dinheiro público de forma responsável. “O povo já está sofrendo, não tem dinheiro pra nada, e o dinheiro administrado pelo poder público, na hora de comprar as cestas compra mais caro que o preço divulgado pelo PROCON municipal, da própria Prefeitura. Será que estão zelando do dinheiro público? Será que a Prefeitura se preocupou em fazer um levantamento antes da aquisição das cestas? Será que eles estão achando que o Decreto de calamidade é um cheque em branco?”, questionou Neris.

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