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Na Bahia, governador Wanderlei Barbosa analisa inovações para impulsionar a produção de cacau no Tocantins

Em uma visita técnica às cidades de Barreiras e Riachão das Neves, na Bahia, uma comitiva do Tocantins explorou viveiros e plantações de cacau

Guilherme Lima/Governo do Tocantins

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, esteve nesta segunda-feira, 25, no estado da Bahia para uma visita técnica junto aos profissionais da BioBrasil Produção de Mudas, uma empresa do grupo Schmidt. O objetivo era avaliar métodos de cultivo de cacau com o intuito de trazer para o Estado do Tocantins mecanismos e tecnologias que viabilizem a produção do fruto na região, com foco especial no pequeno e médio produtor rural.

Em Barreiras, o chefe do executivo estadual visitou as instalações da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), onde foram apresentadas técnicas, tecnologias, estrutura e métodos de trabalho para o plantio de culturas no oeste baiano, com destaque para o cacau.

“Quando montamos essa comitiva, fizemos questão de trazer conosco tanto pequenos quanto grandes produtores do Tocantins. Estamos aqui em busca de empreender em um estado que se tornou referência no agronegócio, com foco em um dos produtos mais relevantes do Brasil, que é o cacau. Para nós, é uma grande satisfação compartilhar e trocar iniciativas de produção que impulsionam toda uma cadeia econômica, trazendo benefícios para o pequeno e médio produtor rural e para o Estado”, ressaltou Wanderlei Barbosa.

O presidente da BioBrasil, Moisés Schmidt, expressou, na ocasião, a importância da tecnologia para o estado do Tocantins, especialmente por meio da Agrotins, juntamente com as tecnologias que a iniciativa privada pode proporcionar. “Sentimo-nos parte dessa família tocantinense como um todo. Estamos em um momento oportuno sabendo que o estado possui a Agrotins, uma feira de excelência que desperta o interesse dos produtores locais pela agenda tecnológica. Somando isso com nossa proposta de plantio e aplicação de recursos tecnológicos, podemos gerar muitos benefícios para ambos os estados”, destacou Moisés.

Cacau em expansão no cerrado

A produção de cacau no cerrado vem tornando-se exponencial para a economia brasileira. Empresas estão investindo na produção do fruto no oeste baiano, principalmente por meio de técnicas com produção de mudas que podem ser cultivadas a pleno sol, apresentando precocidade e produtividade. Essas técnicas podem ser facilmente aplicadas no Tocantins, que também apresenta o cerrado como bioma natural.

Em Riachão das Neves, a comitiva do Tocantins seguiu o cronograma, visitando os viveiros de plantas e a plantação de cacau. Durante a visita, foram apresentados os métodos e as formas de plantio, o cultivo da planta e ainda os melhores manejos e tratamentos do fruto, dentro do padrão sustentável agrícola. Jaime Café, secretário da Agricultura e Pecuária do Tocantins (Seagro), enfatizou o potencial da cultura do cacau como uma atividade altamente rentável e adaptável para produtores de diferentes escalas. “Podemos tornar o cultivo de cacau uma atividade bastante rentável, adaptável para médios, pequenos e grandes produtores. O cacau pode ser facilmente produzido no Tocantins, graças às condições climáticas favoráveis e à disponibilidade de água no estado”, afirmou o secretário.

O prefeito de Riachão das Neves, Miguel Crisóstomo, agradeceu a presença do governador e destacou o potencial do bioma dos estados na produção de cacau. “É um momento histórico para nosso município receber o governador Wanderlei Barbosa, e reconhecemos o potencial do cacau em nossa região, muito semelhante ao Tocantins”, disse o prefeito.

Comitiva do Tocantins 

A comitiva liderada pelo governador Wanderlei Barbosa contou com produtores rurais de pequeno, médio e grande porte, ampliando as vias de diálogo e proporcionando aos agricultores tocantinenses a oportunidade de aprendizado in loco com uma empresa referência no plantio e cultivo de mudas de cacau. Entre eles estava Valdecir da Costa, produtor há quase três décadas no Tocantins, com plantações de pequeno porte de cupuaçu e mandioca na zona rural de Palmas.

Impressionado com toda a sistemática, ele relatou que a troca de informações gerou expectativas positivas para a produção local, sobretudo para os produtores de pequeno porte. “Foi um evento excepcional, uma experiência extraordinária. Trouxe conhecimento do qual ainda não tínhamos, que é a progressividade do cacau. Estamos com a expectativa de logo estarmos cultivando e colhendo o produto, que traz um rendimento ao pequeno produtor”, afirmou Valdecir da Costa, que tem plantações na região de Taquaruçu.

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