Nesta sexta-feira (24), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Moiras, com o cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão em seis estados. A investigação visa apurar suspeitas de interferência de empresários, agentes públicos e políticos no Instituto de Previdência Social do Município de Palmas, com um potencial prejuízo de mais de R$ 74,4 milhões.

Os mandados estão sendo executados em diversas cidades, incluindo Palmas, Araguaína, Paraíso do Tocantins, Monte do Carmo, São Paulo (SP), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), Petrópolis (RJ), João Pessoa (PB), Oiapoque (AP) e Santo Antônio de Goiás (GO).

O G1 procurou a prefeitura de Palmas para se posicionar sobre a operação, mas aguarda resposta. Segundo a PF, há indícios de que os envolvidos estariam direcionando decisões para que o PreviPalmas aplicasse R$ 50 milhões em fundos sem liquidez, gerando um prejuízo estimado em R$ 74.433.036,70 milhões. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Tocantins.

A operação visa identificar os responsáveis pelas supostas ações criminosas, reunir provas e recuperar os recursos desviados. Bens dos envolvidos estão sendo sequestrados conforme determinação da Justiça Federal.

Caso haja provas suficientes, os suspeitos podem ser indiciados por corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, peculato e lavagem de dinheiro, crimes que somam penas de até 46 anos de prisão. Além disso, o Poder Judiciário pode decretar a perda de bens para reparar os danos causados.

O nome “Operação Moiras” faz referência à suspeita de interferência no futuro dos beneficiários do PreviPalmas, colocando em risco a previdência social dos servidores públicos do município. Nas antigas crenças da mitologia grega, as Moiras eram três irmãs que determinavam os destinos dos deuses e dos seres humanos.