Barroso, aliás, teve de conceder duas entrevistas ao longo do dia para explicar que: 1) o tribunal sofreu ataque de um hacker do exterior; 2) o aplicativo lançado pelo tribunal para quem não conseguiu ou por medo da pandemia não votou não funcionou; 3) a Corte eleitoral sofreu outras tentativas de roubos de dados antes, mas ele não sabia precisar quando; e 4) a raiz de todo o problema neste domingo foi um problema num “supercomputador” que totaliza os dados regionais (pela primeira vez, o conteúdo foi centralizado em Brasília). Ou seja, sobre o item 4, é provável que se o TSE não tivesse decidido centralizar os dados, Santo André (SP), Vitória da Conquista (BA), Ouro Preto (MG), enfim, já conhecessem seus futuros prefeitos e vereadores.
“Tenho expectativa (que o resultado seja divulgado ainda hoje), mas não gostaria de me comprometer, é possível”, afirmou Barroso em sua segunda entrevista coletiva, por volta das 21 horas.
Resta aguardar ainda, além dos resultados, claro, o índice de abstenções, que tende a ultrapassar a média de 20% — em Florianópolis (SC), caso raro de uma capital cujo sistema funcionou perfeitamente, foi de um terço dos eleitores. Mas, diante de todas essas intercorrências, Barroso fez questão de lançar um anúncio alvissareiro no meio da tarde e produziu manchetes: em 2022, o cidadão vai conseguir votar usando seu próprio celular. Que Nossa Senhora das Cédulas nos proteja!.
Com informações revistaoeste.