No início desta semana, o principal executivo global do WhatsApp, Will Cathcart, criticou a segurança de um de seus principais concorrentes, o Telegram. Pesquisa divulgada na última quarta-feira, 27, mostra, no entanto, que a preocupação deveria ser primeiramente interna. Afinal, segundo a consultoria PSafe, mais de 5 milhões de brasileiros tiveram as contas no WhatsApp clonadas.
Diretor da PSafe, Emilio Simoni explicou ao portal R7.com como o trabalho de clonagem ocorre. Segundo alerta, criminosos digitais atuam em outras plataformas, adicionando o alvo como amigo do Facebook e enviando mensagem pelo Messenger. Os dois recursos em questão pertencem ao grupo ao qual o WhatsApp faz parte.
“É por meio de um primeiro contato com a possível vítima, que o golpista utiliza de engenharia social”
“Temos identificado diversos perfis falsos nas redes sociais, muitos inclusive se passando por empresas, na tentativa de ganhar a confiança das pessoas”, comenta Simoni. “É por meio de um primeiro contato com a possível vítima, que o golpista utiliza de engenharia social para convencê-la a passar seu código PIN, com o qual pode obter acesso a um WhatsApp indevidamente”, complementa o especialista.
O levantamento realizado pela PSafe coloca São Paulo na liderança entre as unidades federativas que registraram mais casos de WhatsApp clonado. Somente o Estado registrou 1,2 milhão de contas clonadas. O ranking é composto ainda por outros dois Estados do Sudeste: Rio de Janeiro e Minas Gerais. Registraram 712 mil e 494 mil casos, respectivamente.
Alerta
Emilio Simoni aproveitou para dar uma dica aos usuários do WhatsApp. De acordo com ele, é necessário prestar atenção em contatos que tentam representar empresas. “É essencial prestar muita atenção sempre que um perfil, que supostamente seria de uma marca, entrar em contato com você nas redes sociais”, afirmou. “Evite passar seu número de celular ou qualquer código que receba em abordagens desse tipo”, concluiu.