A SES foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre a operação.
As investigações apontam que ocorreram fraudes na compra de 590 camas hospitalares para o Hospital Geral de Palmas e outros hospitais do estado. O governo teria comprado o modelo mais caro do mercado e pagou R$ 22 mil por cada leito. O custo total foi de R$ 13 milhões.
A operação conta com aproximadamente 30 policiais federais cumprido seis mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Os alvos estão em Palmas e São Paulo.
Na época da compra, em maio deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde chegou a dizer que pagou valor inferior a média do mercado. Porém, os investigadores do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União apontaram que, na verdade, o governo do Tocantins pagou valores 227% superiores aos praticados pelo mercado e pela própria empresa que venceu a licitação.
O valor de superfaturamento teria sido de R$ 7,4 milhões. Ainda há indícios de facilitação para a empresa vencer essa concorrência pública e a polícia também apura se houve pagamentos de propina.
Os investigados poderão responder pelos crimes de fraude a licitação e peculato, cujas penas somadas podem chegar a 16 anos de prisão.
Segundo a PF, as injustificadas especificações do certame limitaram o processo aquisitivo para apenas um modelo de cama hospitalar, tida como uma das mais requintadas do mercado. Por isso a operação foi chamada de “Cama de Tut”, que é uma referência ao luxuoso leito do faraó Tutancâmon.
com informações g1.