Após manter um relacionamento virtual com a vítima, o homem passou a chantageá-la e exigir fotos e vídeos íntimos
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Rogério de Oliveira/Governo do Tocantins
A Polícia Civil do Estado do Tocantins (PC-TO), por intermédio da 13ª Delegacia de Augustinópolis, finalizou nesta sexta-feira, 31, as investigações envolvendo um caso de tentativa de “sextorsão”, ou seja, extorsão com a finalidade de obter vantagens de cunho sexual. O trabalho policial resultou no indiciamento de um homem de 25 anos residente no Estado de Alagoas pela prática dos crimes de falsa identidade (consumado), estupro simples (tentado) e divulgação de cena de nudez sem consentimento da vítima (consumado), em continuidade delitiva.
De acordo com as investigações, a vítima procurou a Polícia Civil informando que um homem com quem teve um relacionamento superficial em uma rede social teria passado a constrangê-la, mediante grave ameaça, e a gravar vídeos íntimos , sob pena de divulgar as fotografias anteriormente encaminhadas.
Identificação e modo de agir
Após uma minuciosa investigação, a PC-TO conseguiu identificar o indivíduo que reside em Maceió (AL). Ele passava por um empresário, utilizando uma identidade falsa nas redes sociais. Com essa estratagema, ele teria conseguido enganar a vítima. “Após conseguir as fotografias íntimas, passou a exigir que outros vídeos íntimos fossem gravados e encaminhados, e caso não fosse atendido, realizaria ampla divulgação dessas fotografias”, explicou o delegado Jacson Wutke, responsável pelo caso. Inclusive, durante as ameaças, teria encaminhado essas fotografias para outras pessoas.
Durante a realização do inquérito policial, a Polícia Civil conseguiu reunir fortes indícios, ficando claro que o investigado era contumaz na prática do que se convencionou denominar “catfishing”. Nesse tipo de modalidade criminosa, os criminosos criam diversos perfis falsos na rede mundial de computadores para enganar outros usuários. Após conquistar a confiança, aplicam golpes, passam a extorquir dinheiro, vazam fotos íntimas, roubam dados pessoais e bancários, etc.
“O senso comum costuma ver a internet como ‘terra de ninguém’. Não é, nem nunca foi. Muito embora a legislação vigente não tenha acompanhado a contento a evolução da sociedade, principalmente em âmbito virtual, existem leis que, sejam gerais ou específicas, são inteiramente aplicáveis a esses delitos praticados na internet”, destaca o delegado Jacson Wutke.
A autoridade policial ainda destaca que “não há espaço para impunidade”, ainda que muitos, principalmente os criminosos, possuam essa falsa impressão de que estão sob o manto do anonimato absoluto. “A Polícia Civil do Tocantins é extremamente preparada, com policiais dedicados à solução dos mais diversos crimes. Estaremos sempre prontos para cumprir a nossa missão, independente da dificuldade ou complexidade das investigações”, enfatiza.
Além do indiciamento pelos crimes de falsa identidade (consumado), estupro simples (tentado) e divulgação de cena de nudez sem consentimento da vítima (consumado), em continuidade delitiva, a Polícia Civil do Tocantins busca, junto ao Poder Judiciário, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão em desfavor do investigado D. S. G., especialmente a proibição absoluta de acesso à rede mundial de computadores por qualquer meio, incluindo redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas.
Sugestão de legenda: Homem foi indiciado após enganar a vítima e praticar os crimes
Crédito -Foto – DICOM SSP TO