O presidente da Associação dos Servidores do Sistema Socioeducativo do Tocantins (Assoeto), Marcos Antônio da Silva Junior, criticou as acusações de suposta participação de servidores na fuga de três adolescentes do Centro de Internação Provisória (CEIP) em Gurupi, publicada em matéria do Jornal do Tocantins na data do 10/10. Em entrevista ao Pauta Notícias, Marcos afirmou que houve falhas por parte do Estado nos procedimentos preventivos de segurança, na parte estrutural da Unidade , destacando a ausência de investimentos em infraestrutura, monitoramento eletrônico eficaz, cerca elétrica funcional, além de baixo efetivo e falta de equipamentos de segurança adequados.
Demandas que a Assoeto já havia comunicado por meio de ofícios para gestão”, disse Marcos Junior, enfatizando as preocupações preexistentes da associação em relação às condições de trabalho dos servidores.
O caso da fuga dos adolescentes, ocorrida em 13 de setembro, tem sido alvo de uma investigação por parte da Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju). Os três adolescentes, E.C.L, de 19 anos, M.S.S, de 16 anos, e um terceiro adolescente de 17 anos, conseguiram escapar do CEIP após arrebentarem uma grade e cavarem um buraco na parede que dava acesso ao pátio, pulando o muro da unidade. O sistema de segurança do local, incluindo a cerca elétrica, não estava funcionando no momento da fuga, conforme apurou o Jornal Tocantinense (JTo).
Após dois dias da fuga, dois dos adolescentes foram encontrados sem vida e com sinais de violência, enquanto o terceiro se apresentou voluntariamente às autoridades. A sindicância aberta pela Seciju visa esclarecer as circunstâncias da fuga e identificar possíveis responsabilidades dos servidores envolvidos.