A professora universitária Adriana de Abreu desejou nas redes sociais a morte dos filhos de famílias ricas. Ela leciona no Departamento de Ciências Humanas e Letras (DCHL) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). “Se morresse bastante filhos de ricos, aí sim, nivelaríamos de forma mais humana”, escreveu a educadora, em um fórum de discussões no Facebook, na quarta-feira 10. O comentário veio em resposta à publicação de uma jornalista que criticava a demora da volta às aulas no Estado da Bahia — a profissional de comunicação também mencionara a pressão de sindicatos cujo objetivo é manter suspensas as aulas presenciais.
“Eu queria mesmo que abrisse escola pros (sic) filhos de rico. E que os pais sem noção se livrasse (sic) da chateação que os filhos causam… E (sic) se morresse bastante filho de rico (sic) aí sim (sic) nivelaríamos de forma mais humana. Que morram (sic) então!”, acrescentou Adriana, que apagou o comentário posteriormente. Na rede social dela, a foto de perfil tinha um filtro de “Professor Antifascista”, comumente usado por docentes alinhados à esquerda. Na UESB, Abreu dá aulas de “literatura de autoria feminina na literatura brasileira moderna e contemporânea, com o viés da crítica feminista”. Em suas linhas de pesquisa está “Discurso, cultura e Crítica Feminista”.
Levantamento do jornal Gazeta do Povo mostrou que a professora recebeu, entre 2014 e 2017, R$ 53,6 mil em bolsas de pesquisa científica pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A iniciativa é custeada com o dinheiro dos pagadores de impostos. Depois da repercussão, Adriana publicou uma nota na qual garante que sua fala foi “tirada do contexto”. O deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) anunciou no Twitter que entrou com uma representação no Ministério Público do Estado da Bahia contra Adriana. “É inadmissível que uma docente, pessoa encarregada de ensinar, esteja dando aula”, escreveu o parlamentar, no Twitter, na sexta-feira 12.
Publicação da educadora
Representação do parlamentar