Com aulas teóricas e práticas, a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) está promovendo a formação da segunda turma de ‘Ações de Controle da Hanseníase’ entre os dias 24 e 26 de agosto no auditório da Semus. O curso é uma parceria com a Fundação Escola de Saúde Pública (Fesp) que visa qualificar cerca de 30 médicos, enfermeiros e fisioterapeutas da rede pública da Capital para o diagnóstico, tratamento e pós-tratamento da doença.

Palmas é considerada uma referência na detecção de novos casos, tratamento e controle da hanseníase. De acordo com o coordenador técnico do setor de Hanseníase e Tuberculose da Semus, Pedro Paulo dos Santos Oliveira, isso acontece porque a gestão municipal investe em educação permanente com programas de capacitação para os profissionais da rede.

Ele ressalta que, desde 2016, quando a Semus implantou o programa ‘Palmas Livre da Hanseníase’, todos os anos são oferecidas várias capacitações sobre a doença. Este ano já foi realizado o projeto ‘APELI’ do Ministério da Saúde (MS) e a formação da primeira turma de ‘Ações de Controle da Hanseníase’, a previsão é que seja aberta mais uma turma ainda em novembro.

“Hoje temos profissionais qualificados nas 34 Unidades de Saúde da Família (USFs) de Palmas para diagnosticar a hanseníase, o que permite que os casos sejam descobertos cada vez mais rápido e tenham um desfecho clínico mais favorável”, pontua Oliveira. A enfermeira residente da USF Liberdade (Aureny III), Alana Carvalho, já teve hanseníase e estava ansiosa para participar do curso e conseguir identificar os sintomas e dar início ao tratamento de seus pacientes antes do agravamento da doença.

Ministram a formação, a hansenóloga e médica da família e comunidade da Semus, Seyna Ueno (1º dia); a fisioterapeuta especialista em hanseníase, Flávia Santos Medina (2º dia); e o fisioterapeuta e coordenador técnico do setor de Hanseníase e Tuberculose da Semus, Pedro Paulo dos Santos Oliveira (3º dia).

O que é a hanseníase?

É uma doença dermato neurológica que pode comprometer a função de nervos, principalmente sensitiva e motora. É infecciosa e contagiosa, e os enfermos podem apresentar perda de sensibilidade de temperatura, inflamação nos nervos e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele. O diagnóstico é clínico, ou seja, é realizado por exame físico geral e dermatoneurológico em qualquer USF. Caso confirmado, o tratamento oferecido é a poliquimioterapia única (PQT-U), padronizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ele é gratuito e pode durar de seis a 12 meses.

Programação do curso

24 a 25 de agosto
8 às 12h e 14 às 18h – aulas teóricas no auditório da Semus

26 de agosto
8h às 12h – aula teórica no auditório da Semus
14h às 18h – aula prática na Unidade de Saúde da Família (USF) da Arno 61 (503 Norte)

 

Texto: Redação Semus