O Reino Unido encomendou 40 milhões de doses do produto, que as análises preliminares mostraram 95% de eficácia em prevenir a doença entre os voluntários.
Normalmente, as vacinas eram normalmente autorizadas pela Agência Europeia de Medicamentos até o final da transição Brexit, em 31 de dezembro. No entanto, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) tem o poder de autorizar temporariamente os produtos, em casos de necessidade urgente.
Oxford e AstraZeneca publicaram resultados provisórios de eficácia no último dia 22. Eles mostraram que a vacina pode ser 90% eficaz quando administrada em meia dose seguida por uma dose completa.
Esses dados levantaram dúvidas, embora a MHRA tenha aprovado o uso do regime de meia dose e dose completa aplicadas em um dos grupos de voluntários do estudo.
O principal consultor científico do Reino Unido disse na quinta-feira (26) que os resultados provisórios mostraram que a vacina de Oxford funciona. “O resultado principal é que a vacina funciona e isso é muito emocionante”, afirmou Patrick Vallance durante uma entrevista coletiva com o primeiro-ministro Boris Johnson.
Vacina de Oxford
O mesmo processo poderia ser aplicado à vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford. Na sexta-feira (27), o governo britânico escreveu ao órgão regulador, pedindo que revisse a vacina AstraZeneca-Oxford.
A AstraZeneca espera que 4 milhões de doses estejam disponíveis no Reino Unido até o final de dezembro. O secretário de Saúde do país, Matt Hancock, busca iniciar a distribuição da vacina antes do Natal.
“Pedimos formalmente à agência reguladora que avalie a vacina de Oxford/AstraZeneca, para entender os dados e determinar se ela atende aos rigorosos padrões de segurança”, disse ele em um comunicado.
A Rússia aprovou a sua vacina contra o coronavírus em agosto, mas o resultado não foi baseado em dados de testes em grande escala.
A BioNTech e a Pfizer submeteram no início do mês os dados da fase três da vacina que desenvolvem, que incluem mais de 43 mil voluntários, ao FDA, órgão regulador dos Estados Unidos.