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Vereador Filipe Martins alerta pais sobre aplicativo que expõe crianças a conteúdos impróprios 

A pandemia do coronavírus e a suspensão de aulas em escolas de todo o país, fazem com que as crianças passem mais dias em casa e, consequentemente, fiquem mais tempo na internet. E em meio a tantas opções no mundo digital, é preciso estar atento às armadilhas.

O vereador de Palmas (TO), Filipe Martins (PSDB) faz um alerta para o perigo do que é gerado automaticamente enquanto as crianças estão assistindo. Ele repercutiu a reportagem sobre um aplicativo chamado Gacha Life, que permite criar os próprios personagens em anime e compartilhar com amigos.

O grande perigo, é que, em meio a alguns episódios inocentes e divertidos e com a reprodução automática de um vídeo atrás do outro, em sequências de poucos minutos, abre-se uma porta para outro universo Gacha: escuro, pesado e perverso.

Tem episódio Gacha “24 horas no cio”, “Grávida aos 14 anos”, “A garota que se apaixonou pela morte”, falando de abuso sexual, psicopata e até Gacha incesto (“Me apaixonei pelo meu irmão”). E tudo isso no formato de desenho animado. Quem olha de longe, nem imagina o conteúdo.

“É assustador. Não deixe de acompanhar o que os filhos estão fazendo na internet, um mundo perigoso e cheio de armadilhas. Precisamos proteger as crianças de um trauma, de ser exposta a conteúdos impróprios para idade”, conclamou Filipe Martins.

Camila Saccomori, jornalista especializada em Primeira Infância, afirma que é preciso denunciar vídeos impróprios e que todos devemos colaborar imediatamente, mas que na prática é como lavar louça.

“Assim que você termina, já começa a acumular mais. Coisas impróprias jamais vão deixar de existir no mundo digital. Como pais, só temos uma saída: é FUNDAMENTAL o acompanhamento próximo e contínuo não só em relação ao tempo de uso das telas, mas sim dos conteúdos pelos quais nossos filhos estão interessados”, alertou.

Ainda segundo a jornalista, a onda de vídeos Gacha veio dos Estados Unidos. “Foi lá que surgiu, na época da Momo, a campanha #ProtectOurKids. Grupos monitoram e denunciam cenas como tráfico humano, tiroteio e ameaças de morte inseridas em desenhos comuns como míni-filmes gravados em cenários de Minecraft.”
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